Denúncia leva reportagem a um cemitério de ambulâncias e equipamentos hospitalares abandonados pelo governo do Acre,
que se recuperados podem salvar muitas vidas
Uma denúncia anônima levou o ac24horas a
um verdadeiro cemitério de ambulâncias e equipamentos da Secretaria de
Estado de Saúde (Sesacre) do Acre. Vários carros que deveriam estar nas
ruas salvando vidas estão parados e amontoados. Os veículos se misturam a
uma pilha de documentos funcionais de servidores e ainda, aparelhos de
raio-X, berços aquecidos e cadeiras odontológicas.
Segundo funcionários do setor de
transportes, as ambulâncias poderiam ser recuperadas, mas a secretária
Suely Melo preferiu sucatear os veículos. Outra preocupação dos
servidores é com documentos funcionais que estão jogados no depósito.
Com relação às ambulâncias, a
secretaria de saúde informou que alguns veículos foram recuperados e
serão doados para municípios para o transporte de medicamentos e
materiais de consumo, tendo em vista que o governo do Estado adquiriu,
por meio da parceria com o Ministério da Saúde, dez novas ambulâncias
para oferecer mais qualidade nos serviços de emergência. Segundo a
secretaria Suely Melo, o estado tem 32 ambulâncias, sendo 3 UTIs, 6
delas traçadas.
A demora no processo de doação,
segundo a assessoria de imprensa, se dá por conta do processo de
alienação, pela Secretaria de Gestão Administrativa (SGA) que irá
avaliar a utilização e conservação, segundo a destinação natural ou
legal de cada item.
Ainda de acordo a secretaria de saúde,
com a recentralização das compras por determinação do Tribunal de
Contas do Estado, que proibiu o repasse de recursos para as unidades de
saúde, a Sesacre dispõe de grandes almoxarifados, com capacidade de
armazenar elevadas quantidades de itens, quer sejam materiais de consumo
– para serem distribuídos a unidades de saúde – quer sejam bens
inservíveis.
“Os equipamentos e veículos
armazenados no almoxarifado são bens inservíveis. Vale informar que os
bens públicos, mesmo sem condições de uso, não podem ser descartados sem
antes passar por um processo de avaliação. Ressaltando que alguns
apresentam risco à saúde, como é o caso do RX, e precisam de um descarte
adequado” diz a nota.
FONTE: Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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