Ex- vereador rebate senador: "É verdade, o passado condena; quem?"

"A condenação sem direito à defesa é hábito do PT. Lembremo-nos do saudoso governador Orleir, ex-aliado, na época adversário, que teve a sua moral arrastada na lama pelos lideres petistas."
Edson Siqueira
O escândalo do G-7, que mostrou a existência da máfia das licitações, mostrou, também, as várias posturas dos líderes da Frente Popular do Acre: os partidos pequenos estão calados, o aliado mais antigo diz não compactuar com corrupção e o PT declara que “adorou “a decisão da Desembargadora Denise Bonfim e a ação da Policia Federal, só pedindo cuidado para não condenar ninguém antes da hora, porque é falta de ética e, afinal, só o PT tem o dom divino da honestidade, da ética, da defesa da família e da moralidade.

Após as denúncias, o senador sem votos, Aníbal Diniz, vem atacando o deputado federal Marcio Bittar, acusando-o de partidarizar a investigação policial e utilizando-se de práticas mesquinhas para desqualificar o debate. 

Não é segredo para ninguém que os partidários do governo investigam com lupa a vida política e familiar dos seus adversários, e não seria diferente com Marcio Bittar. Marcio, por outro lado, sempre enfrentou e enfrenta essa turma no campo das idéias, propondo um projeto alternativo ao deles. Ao longo dos anos, elegeu-se deputado estadual e federal, foi candidato a senador, prefeito, governador, mas foi atropelado pela avalanche de compra de votos. Quem não se lembra do boeing carregado de camisetas que a justiça eleitoral ainda está apurando? 

Em 2010 foi eleito o deputado federal mais votado da história do Acre e posteriormente foi eleito 1º secretário da Câmara dos Deputados, sempre no campo de oposição aos lideres do PT.  E, apesar do patrulhamento à sua vida, nunca conseguiram fazer uma acusação de qualquer ordem contra Marcio. Então, a única acusação que conseguem lançar contra ele é de ser irmão do Mauro Bittar, que foi citado na denúncia do caso “Flávio Nogueira”, acusação da qual foi, posteriormente absolvido. Mas o senador suplente Aníbal Diniz, mal informado, sobe no palanque passa por cima da lei e o condena em seu artigo.

A condenação sem direito à defesa é hábito do PT. Lembremo-nos do saudoso governador Orleir, ex-aliado, na época adversário, que teve a sua moral arrastada na lama pelos lideres petistas, sendo acusado, inclusive, de ser contrabandista. Até os atuais aliados petistas, como o empresário Narciso Mendes, não escaparam da fúria denuncista do petismo. Quantas famílias acreanas o PT condenou sem julgamento em ações irresponsáveis e inconseqüentes?    

Por outro lado, os lideres do PT nacional e estadual parecem sofrer de amnésia quando se trata dos seus malfeitos, adotando sempre um discurso de desconhecimento nos escândalos produzidos nas suas cozinhas. Lembro aqui, a título de exemplo, o mensalão do Lula e a compra superfaturada de BOCAS DE LOBO pela Secretaria de Educação do Acre, - quando era secretário em exercício o senador suplente Aníbal Diniz; e as irregularidades apontadas pelo TCU de superfaturamento nas obras das BR 364 e 317 pela empresa Construmil, que foi embora do Acre sem concluir o trecho contratado.

Esta prática do PT insiste em condenar aqueles que estão absolvidos pela justiça, e com a mesma presteza, transformam os suspeitos e condenados do seu partido em vítimas, desprezado a inteligência dos cidadãos e a integridade das instituições.

Deixar a instituições livres para exercer seu papel não é favor do Lula, Jorge, Tião, Binho ou Dilma. É obrigação. Em uma sociedade democrática, nós lutamos por isso quando lutamos contra a ditadura, mas o PT entende que o Estado lhe pertence e que democracia é apenas a que lhe beneficia. 

As graves denúncias, trazidas a público pela Operação G-7, através do destemor da desembargadora Denise Bonfim e da Polícia Federal, exigem que o PT reavalie suas atitudes e deixe de lado a sua histórica prepotência. É hora do PT parar de tentar transferir para outros as responsabilidades que são suas. Os líderes petistas devem aprender, de uma vez por todas, que o Estado pertence ao povo e não a um partido político. 

As denúncias estão aí, à disposição da população, e são extremamente sérias, mas, tenho certeza de que o processo que será produzido a partir dessa operação policial será muito útil para o povo acreano, pois através dele poderemos ver o fim das práticas de cartel que enriquecem a poucos e corrói as finanças do Estado, e, principalmente, daremos fim às obras malfeitas, de alto custo e que não resistem às primeiras chuvas, sangrando os bolsos e as esperanças da nossa população.

Edson Siqueira – Ex-vereador de Sena Madureira, formado em Gestão Pública e Gerência de Cidades e Membro da Executiva Estadual do PSDB/AC

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