A Polícia Federal mobilizou 150 homens,
que cumpriram mandado de busca e apreensão em 34 órgão públicos em Rio
Branco e Tarauacá.
A
Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (10), em Rio
Branco, o sobrinho do governador Tião Viana (PT), Tiago Paiva, que
responde pela Direção de Análises Clínicas da Secretaria de Estado de
Saúde; o secretário de Obras, Wolvenar Camargo; além do diretor do
Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre, Gildo César.
Também foram conduzidos à
sede da PF o secretário Municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de
Rio Branco, Luiz Antonio Rocha; o ex-superintendente regional da Caixa
Econômica Federal no Acre Aurélio Cruz, ex-secretário de Habitação no
Estado; o empresário João Albuquerque, dono da maior empresa de
construção civil do Acre, a Albuquerque Engenharia, e o empresário
Narciso Júnior, diretor-superintendente da TV Rio Branco, afiliada do
SBT no Acre.
Estão presos, ainda, os
empreiteiros José Adriano e Francisco Salomão, ex-presidente da Fieac
(Federação das Indústrias do Acre). A operação, denominada G-7, envolve
150 agentes e deve cumprir, ao longo do dia, 34 mandados de busca e
apreensão.
As investigações começaram
em 2011 e culminaram com a identificação de um grupo de sete empresas do
ramo de construção civil que atuavam em conjunto para fraudar
licitações de obras públicas no Estado, informa a assessoria da PF.
Foram examinadas licitações
executadas nos municípios acrianos de Tarauacá, Manuel Urbano, Plácido
de Castro, Vila Campinas e Acrelândia, informa a assessoria da PF. As
investigações identificaram a existência de várias obras licitadas que
jamais chegaram a ser executadas. De seis contratos examinados,
totalizando R$ 40 milhões, estima-se que os cofres públicos sofreram
desfalque de cerca de R$ 4 milhões.
As empresas simulavam
concorrer entre si, garantindo, assim, que uma delas sempre vencesse a
licitação. Os concorrentes que não integrassem a organização criminosa
eram eliminados ainda na fase da habilitação técnica, primeira fase da
licitação, em que a administração pública exige da empresa comprovação
de sua aptidão técnica para realizar o serviço.
Durante as investigações,
os policiais identificaram um processo licitatório destinado à
contratação de uma clínica de exames médicos para desviar
fraudulentamente recursos do SUS (Sistema Único de Saúde), do governo
federal.
Os suspeitos deverão
responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica,
corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e
desvio de recursos públicos.
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