A proibição de licenças para desmates pode causar efeito colateral, alastrando as queimadas ilegais por todo o Estado. O alerta foi feito pelo gerente do Instituto de Meio Ambiente do Acre de Cruzeiro do Sul, Isaac Ibernon, pra o site local JuruOnline.
Por causa da determinação da Justiça Federal, de que as queimadas estão proibidas em todo o Estado, o receio de Ibernon é o de que o agricultor possa ser levado “a praticar a queima de maneira criminosa”, já que o colono não terá licenciamento.
“Quando emitimos uma licença, sabemos o tamanho e o local da área licenciada, exigimos que sejam abertos aceiros, evitando que o fogo se espalhe. Sem o licenciamento isso fica em aberto”, disse o gerente do Imac ao repórter Leandro Altheman, do JuruáOnline.
No Vale do Juruá, a situação se agrava ainda mais porque o Ibama fechou o seu escritório na região. Por isso, os serviços do Imac aumentaram de forma considerável, gerando dificuldade para fiscalizar as queimas ilegais.
“A nossa estrutura melhorou, mas ainda assim, toda esta demanda dos cinco municípios do Vale do Juruá recai sobre nós”, pontuou Ibernon ao site local.
A reportagem menciona que o Governo do Estado recorreu ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão, pedindo que o prazo para acabar com as queimadas fosse estendido até 2018.
Mas, neste meio tempo, o Imac, réu no processo ajuizado pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual, está impedido de emitir qualquer licença para queima, mesmo se tratando do programa da Agricultura Familiar.
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