Obras da Ponte do Abunã têm verbas cortadas por Dilma


A presidenta Dilma Roussef cancelou a verba de R$ 20 milhões prevista este ano para o início das obras da ponte sobre o rio Madeira, na BR 364, entre Rio Branco e Porto Velho. O decreto foi assinado no dia 30 de maio e publicado no dia seguinte, como parte de um pacote de cortes que somam R$ 110 milhões no Ministério dos Transportes.
Também sofreram cortes as obras da BR-319 que liga Porto Velho a Manaus, mas foram mantidos os recursos de recuperação e asfaltamento da BR- 364, tanto no Acre como em Rondônia.
A ponte que viria a substituir a balsa do Abunã é considerada uma obra prioritária para o desenvolvimento do Acre, pondo fim à dura rotina da dependência das precárias balsas que fazem a travessia no local e aumentam em até duas horas o tempo de viagem entre Rio Branco e Porto Velho. É uma reivindicação antiga dos acrianos que, mais uma vez foi postergada.
A grande preocupação é com a previsão de mais um verão rigoroso, quando o tráfego da balsa fica prejudicado com a baixa excessiva das águas do rio Madeira. Caminhoneiros que fazem periodicamente a travessia no trecho denunciam o que chamam de “máfia da balsa”, com os controladores do equipamento decidindo a seu bel prazer os horários e a periodicidade das travessias, em claro prejuízo para o transporte de cargas e pessoas.
Os caminhoneiros estão cobrando um posicionamento mais firme e rigoroso das autoridades e políticos acrianos para pressionar pela liberação dos recursos para a construção da ponte, lembrando que o lobby do Amazonas conseguiu a construção da ponte na BR- 319, no sentido Porto Velho-Manaus, trecho que tem um tráfego pelo menos dez vezes menor que o existente na BR- 364.
Esta ponte teve seus recursos liberados e foi concluída no tempo em que o Amazonas controlava o ministério dos Transportes. Não há mais previsão para a liberação da verba para a ponte do Abunã.
ACRELÂNDIA EM MANCHETE.
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