JOÃO CORREIA: “TEM UM GRUPO NA OPOSIÇÃO QUE É PIOR QUE A FPA, SE ACHAM A ENCARNAÇÃO DE DEUS E NÃO BEIJAM AS COSTAS PORQUE NÃO PODEM”


O Programa Gazeta Entrevista desta quarta-feira (20/06) recebeu o ex-deputado federal João Correia [PMDB], que comentou sobre o atual cenário político, teorias conspirativas envolvendo lideranças da oposição e sua participação nas convenções do PMDB.
Na avaliação do peemedebista, as intrigas internas na oposição podem por em risco uma grande oportunidade de ganhar as eleições na capital acreana. “A eleição ainda não começou. O Bocalom [PSDB] se impôs devido sua memória eleitoral, mas o debate foi prejudicado pelas articulações de membros da própria oposição”, disse.
Segundo Correia, houve realmente uma conspiração para tentar derrubar o candidato tucano, de modo que este não pudesse interferir nos planos arquitetados já para as eleições de 2014 para governo do estado. “Marcio Bittar [PSDB] articulou a extinção da candidatura de Bocalom temendo o impacto que isso poderia causar nos seus planos para as eleições de 2014. Mas o Márcio fracassou na tentativa de minar Bocalom e se enfraqueceu. Bocalom venceu a queda de braço, teve apoio da nacional e de grande parte da estadual, além da simpatia popular”, disse Correia.
Segundo o ex-deputado, para um grupo bastante expressivo da oposição, uma vitória de Bocalom seria um horror, porque desestabilizaria o que denominou de “acordos feitos na calada da noite”, envolvendo Bittar, Petecão [PSD] e Flaviano Melo [PMDB].
Polêmico e transparente nas suas convicções, João Correia disse que a verdade na política acreana é subversiva e disparou que “tem uma parte do grupo da oposição que é pior do que a Frente Popular do Acre. Acha que é a encarnação de Deus e não beijam as costas porque não podem”, ironizou.
Sobre a declaração da deputada Antônia Lúcia [PSC] de que Bocalom não respeita os evangélicos, Correia foi categórico: “Isso é uma falsificação. Existem evangélicos e evangélicos. Antônia Lúcia está em carreira solo”.
Sobre os possíveis prejuízos na candidatura de Bocalom, com a saída da deputada da base apoio a pré-candidatura tucana, o peemedebista foi enfático ao afirmar que “ela não é uma deputada de oposição, ela tem uma relação muito íntima com a FPA. Então não considero uma grande perda, porque ninguém perde o que não tem”.
Segundo João Correia, há 12 anos o PMDB não lança um candidato próprio, afirmando que time que não joga, se acaba. “Meu pedido foi negado para disputar a convenção no dia 28 de junho, estou entrando com mandado de segurança para que meu direito seja garantido”.
Correia disse ainda que espera que a direção do PMDB tenha um pouco mais de respeito com os seus filiados e dirigentes. “Existe uma ditadura, uma coisa horrorosa, uma visão muito ególatra dessa direção, que tem sido muito nociva”, afirmou.
Sobre a polêmica levantada pelo senador Jorge Viana [PT], que na oposição teria tucano querendo transformar jacaré em pinto, Correia afirmou que “quem retirou a candidatura do Rodrigo Pinto [PMDB] não foi o Bocalom. Ele também foi vítima, na mira de um grupo (Marcio Bittar, Sergio Petecão e Flaviano Melo) que tentou desarticular sua candidatura a prefeito de Rio Branco”.
Finalizando a entrevista, João Correia disse ainda que se a justiça não conceder razão ao seu pleito, de participar da convenção do partido, ele respeitaria, mas alertou: “Se o 15 for pra rua com um Fernando Melo autêntico, com cara de oposição, eu, minha família e amigos pediremos voto para ele. Mas se ele ficar no tico tico no fubá, eu vou pras ruas pedir que o povo não vote, porque aí ele estaria de conluio com a FPA”.
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