Via Verde Shopping: o sonho virou pesadelo.


O sonho do Via Verde Shopping tem se transformado em pesadelo, frustrando as expectativas de dezenas de empreendedores. A reportagem do Acrealerta.com teve acesso a informações que estariam sendo tratadas a "sete chaves", as quais revelam que nos seis primeiros meses de operação, o prejuízo acumulado para os diversos lojistas varia de 200 mil a 1,5 milhão de reais.
Entre as grandes lojas que devem fechar as portas no Shopping está o Supermercado Araújo. O Grupo que investiu mais de 6 milhões de reais para implantação da loja no Via Verde Shopping, tem acumulado prejuízo mensal de até R$ 300 mil desde a inauguração e já está operando com capacidade mínima.
Segundo informações, o Grupo Araújo está apenas aguardando o término das negociações com os donos do Shopping, que estudam a melhor alternativa considerando a possibilidade de devolver ou de transferir o espaço para outro investidor. Estima-se que o prejuízo acumulado já supere 1,2 milhão de reais.
A reportagem do Acrealerta.com entrou em contato com vários lojistas, que confirmaram a informação sobre os enormes prejuízos. Um dos lojistas, que pediu para não ser identificado, afirmou que dezenas de lojas se preparam para entregar as chaves.
Somente o grupo Heep anunciou que fechará duas lojas até a próxima semana, amargando prejuízos de mais de 600 mil reais. A loja Gobeche, uma franquia de chocolate que faz muito sucesso no sul do país, já fechou suas portas. Ainda do mesmo Grupo, a loja Salomé, que trabalha com confecções, deve fechar já no próximo mês, confirmou a representante do Grupo Heep.
“Devido à falta de retorno no Shopping mudaremos para um prédio próprio, localizado na Avenida Nações Unidas”, afirmou.
Outro problema indicado pelos lojistas é o valor cobrado pela luva. “Investimos 60 mil reais somente na luva e mais 60 mil nas instalações e não estamos conseguindo vender, pois o shopping agora esta negociando lojas por 25 a 30 mil reais, aí fica difícil né?”, lamenta a lojista.
“Várias outras franquias já perderam o direito de exclusividade, pois não conseguem fazer as compras obrigatórias de lançamento. Além disso, diversas lojas estão sem pagar o aluguel e condomínio desde janeiro”, comenta.
Diante da situação, os lojistas apelaram para um escritório de advocacia especializado em Shopping, na tentativa de fazer uma revisão nos seus contratos. Os que já decidiram fechar buscam rescindir os contratos, já aqueles que almejam ainda arriscar e permanecer com seus empreendimentos tentarão uma redução nos valores dos aluguéis, isenção de luvas e outras taxas cobradas pela gerenciadora do Shopping.
“Os valores dos aluguéis são muito elevados, pois são praticados os preços do Sul e Centro Sul, e essa não é nossa realidade”, afirma.
A reportagem levantou ainda que nem mesmo as lojas âncoras conseguem alcançar suas metas, mas como elas possuem outras lojas fora do Acre, o impacto é minimizado, diferente das lojas menores.
“O próprio pessoal do shopping sabe que o negócio não tá bom, pois tem gente que não paga aluguel desde dezembro. Ainda não foram despejados ou acionados judicialmente porque sabem que pegaria mal para o empreendimento”, afirma.

Mas nem tudo é prejuízo no Via Verde Shopping. Os empresários que investiram em franquias do ramo de alimentação, além do cinema e estacionamento, não têm do que reclamar. São estas as franquias mais lucrativas do único “Shopping” do Acre.

Em sua página na internet, a gerenciadora do Shopping replicou uma nota do Jornal O Globo mostrando que o empreendimento atingiu dois milhões de visitantes em seis meses e que as vendas totalizaram R$ 65 milhões no período, com a previsão de chegar a R$ 200 milhões até o fim do ano.
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